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Foto do escritorJornal Mantiqueira

Vacinação completa de 70% da população pode significar o fim da pandemia


Delma Maiochi maiochidelma@gmail.com

Poços de Caldas, MG – Até quando? Essa é a grande pergunta que todos fazemos atualmente sobre o fim da pandemia do novo coronavírus. De acordo com a acadêmica de biomedicina Thayla Eugênia da Silva Tomé, participante do projeto InfoCovid da Unifal-MG, apontar uma data específica é um desafio para os especialistas. “Estudos indicam que a partir de 70% da população total vacinada já começaríamos a controlar a pandemia”, diz. Porém, ela salienta que as falhas em medidas de controle do contágio, aliadas à vacinação lenta propiciaram a circulação de variantes mais preocupantes do vírus, como a Delta que exige uma maior cobertura vacinal da população. “Isso tem feito com que o vírus da covid-19 ainda se movimente em níveis epidêmicos e, mesmo depois, a doença poderá se tornar endêmica. Ou seja, ainda teremos casos de covid-19 e provavelmente seremos vacinados todos os anos, assim como acontece com a gripe”.

Vacinação Thayla ainda pontua que com o avanço da vacinação a imunidade predominará na população, diminuindo muito o número de casos e óbitos pela doença. Isso aconteceu com a pandemia da gripe suína, a H1N1. “Com a vacinação anual conseguimos controlar a doença e fazer com que o número de casos diminuísse a um nível fora do padrão epidêmico, mas com o vírus ainda circulando entre a população. E para termos uma ideia de que nível de casos seria esse, a partir do qual poderíamos dizer que acabamos com a epidemia de covid-19 no Brasil, é útil compararmos com os números da gripe no país”, explica.

Comparações Segundo o Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados 5.714 casos de gripe no Brasil, com 1.109 mortes. Ou seja, por mês em 2019, ano anterior à pandemia, ocorreram, em média, 476 casos e 92 óbitos por gripe. “Em comparação, para termos ideia do desafio, segundo o Ministério da Saúde, até 22 de setembro de 2021, ocorreram 21.283.567 casos e 592.316 mortes por covid-19 no Brasil. Isso dá uma média mensal de 1.182.420 casos e 32.906 mortes por covid-19. Para dimensionarmos o tamanho do desafio, hoje a covid-19 provoca por mês 2.484 vezes mais casos do que a gripe e 358 vezes mais mortes. O número de mortes provocadas por covid-19 no Brasil em dois dias é maior do que o total de mortes por gripe em todo o ano de 2019. Esses números evidenciam a importância de acelerarmos a vacinação, inclusive com as doses de reforço, e a prevenção contra o contágio da variante Delta. Um grande esforço coletivo ainda é necessário para que possamos viver um outro normal. Ou seja, conviver com mais um vírus, mas controlá-lo com a vacinação e longe de uma epidemia”, finaliza a universitária.

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