Poços de Caldas, MG – Da redação – Segundo os dados do Boletim dos Projetos Infocovid e Perfil epidemiológico e indicadores de saúde relacionados à covid-19 no Brasil e no Estado de Minas Gerais, da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Minas Gerais iniciou a semana com estabilidade em novos casos e novos óbitos. O Estado manteve a tendência de crescimento nas internações, o que deve ser visto com cautela por registros atípicos de internação recentemente. A região sul também apresentou estabilidade na tendência de novos casos, mas queda na de novas internações e óbitos. A semana se iniciou com manutenção da tendência de queda da incidência em Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha, Itajubá, Alfenas e Três Pontas. Três Corações manteve a estabilidade, Lavras o crescimento e São Sebastião do Paraíso foi de queda para crescimento. Em novas internações, Pouso Alegre, Varginha e Três Corações mantiveram queda, registrada também em Poços de Caldas e São Sebastião do Paraíso. Passos foi de estabilidade para crescimento e Lavras de queda para crescimento. Itajubá se manteve estável e Três Pontas foi de estabilidade para crescimento. Em novos óbitos, apenas Pouso Alegre oscilou de queda para crescimento, com os demais em queda.
Idosos x adolescentes A pesquisa dos projetos da Unifal também levantou dados sobre risco de morte entre idosos e adolescentes. Considerando toda a pandemia em Minas Gerais o risco de uma pessoa de 60 anos ou mais morrer por covid-19 foi 512 vezes maior do que para os adolescentes (10 a 19 anos). Quando fazemos essa comparação considerando apenas os de 80 anos ou mais, o risco chega a ser 1.149 vezes maior. Na região sul esses números são, respectivamente, 455 e 1.059. Considerando apenas agosto deste ano, um idoso em Minas Gerais teve um risco 915 vezes maior de morrer por covid-19 do que os adolescentes. São resultados de comparação de taxas de mortalidade por covid-19 entre faixas etárias, o que não muda o fato de que desde maio deste ano o risco de morte por covid-19 entre os idosos vem diminuindo. Durante toda a pandemia até julho, em Minas Gerais, ocorreu 1 morte a cada 46.512 adolescentes de 10 a 19 anos. Entre os idosos houve 1 morte a cada 91 idosos. A comparação serve para dar a dimensão do quanto mais vulneráveis são os idosos e não quer dizer que não devamos vacinar a população mais jovem, inclusive as crianças, que apresentam, na faixa de 0 a 9 anos, taxa de mortalidade maior do que a dos adolescentes. É um alerta para que, num quadro de escassez de doses, seja priorizada a dose de reforço da população mais vulnerável. Considerada toda a pandemia até julho deste ano, comparando a taxa de mortalidade por covid-19 entre as 14 regiões mineiras, a sul teve a 9ª maior, a Triângulo do Norte a maior e a Jequitinhonha a menor. Esses resultados podem ter sido influenciados para pior nas regiões que tiveram a pior evolução da incidência em julho, que têm no total de idosos maiores proporções com 60 anos ou mais (mais expostos ao contágio) e maior proporção com 80 anos ou mais (pior resposta e maior decaimento vacinal).
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