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Foto do escritorJornal Mantiqueira

Pesquisadores alertam sobre contágio no feriado prolongado de Carnaval


Poços de Caldas, MG – Da redação – Os pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), no Boletim IndCovid desta semana, alertaram para o perigo de contágio da covid-19 durante o feriado prolongado do Carnaval. “Apesar do atual controle da incidência e acelerada queda de novos casos, temos um grande teste pela frente: o carnaval. Se não as grandes festas, o próprio feriado prolongado da data poderá facilitar o contágio, o espalhamento do contágio e a chegada do vírus nos mais vulneráveis: idosos e crianças”, dizem. Eles lembram que entre os idosos são necessários atenção e cuidado com aqueles que já tomaram a dose de reforço em setembro e outubro, porque no carnaval terão completado 4 meses desde essa dose, tempo suficiente para uma sensível diminuição da proteção da vacina. Entre as crianças, o carnaval vai chegar ainda com a segunda dose tendo avançado pouco, por isso especial cuidado com os menores de 5 anos, pois é nesta faixa etária que, além de ainda não estarem sendo alvo da vacinação, ocorre o maior impacto de internações e óbitos entre as crianças. “Como esperado, pelo explosivo aumento de casos da variante ômicron, de dezembro para janeiro, aconteceu grande aumento de internações entre os mais jovens”.

Internações Se considerada as internações associadas às datas de notificação de casos de cada mês, pelos dados da SES-MG, conclui-se que entre as crianças (0 a 11 anos) a média diária de internações em dezembro de 2021 foi de 1 caso, passando para 8 em janeiro de 2022. O total de internações no mês foi de 37 para 262. Entre os adolescentes (12 a 18 anos), embora em números menores, o impacto foi equivalente. Em dezembro de 2021, em média foram internados 0,2 casos (1 internação a cada 5 dias) e em janeiro de 2022 foram internados 2 casos. De um mês para outro as internações foram de 6 para 53 casos o que significou um aumento até maior do que entre as crianças. Mas, se observadas as internações em UTI em menores de 5 anos em Minas Gerais, o impacto entre as crianças foi maior. De dezembro de 2021 para janeiro de 2022 os números foram de 3 para 31, aumentando 10 vezes. Já entre os adolescentes os números foram de 2 para 11, aumentando metade disso (5,5 vezes). Ainda para confirmar o maior risco entre as crianças fora da faixa etária de vacinação infantil atual (0 a 4 anos), é importante observar a taxa de internação durante toda a pandemia. Esse indicador relaciona o número de internações com o tamanho da população de cada faixa etária. Em Minas Gerais aconteceram 230 internações para cada 100.000 crianças de 0 a 4 anos, enquanto para a faixa de 5 a 11 anos esse número foi de 56 e para os adolescentes (12 a 18 anos) foi de 68. Ou seja, o risco das crianças menores de 5 anos precisarem de internação tem sido 4 vezes maior do que o dos adolescentes e 3 vezes maior do que o das crianças atualmente na faixa etária da vacina. É fundamental que um clima de “já ganhamos” agora no carnaval não signifique o reaparecimento da epidemia de casos graves entre os mais vulneráveis: crianças menores de 5 anos e os mais idosos.

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