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Foto do escritorJornal Mantiqueira

Pandemia volta a ganhar força, alertam pesquisadores da Unifal


“Vivemos nova onda de covid-19. Resta saber quanto tempo durará. Surgimento de subvariantes, relaxamento na cobertura vacinal, decaimento da proteção imunológica e fim do uso das máscaras produziram a atual reescalada de casos. Há duas semanas, Minas Gerais vive uma tendência de crescimento de novos casos. No Estado, até esta segunda-feira, dia 28, a média móvel foi de 3047, nível não registrado desde o último 10 de agosto”. É o que notifica o boletim IndCovid, dos pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), coordenados pelo professor Sinézio Inácio da Silva Júnior. Ainda segundo o levantamento, o sul de Minas retrocedeu ao patamar de final de julho passado, com média móvel de 872, sendo o mais afetado pelo contágio. “A região representa 13% da população do Estado, mas foi responsável, no início da semana, por 29% da média móvel de toda Minas Gerais. O sul mineiro também encerrou a última semana epidemiológica com a maior taxa de incidência diária. As internações também aumentaram, chegando ao patamar do início deste ano”. E, de acordo com os pesquisadores, deverá haver aceleração do contágio pelas festividades da copa e de final de ano. “Além disso, a improvável aceleração da vacinação no curto prazo, somada à baixa cobertura de doses de reforço e o intervalo de tempo já vivido desde a última dose pela população mais vulnerável, poderá aumentar as internações. De positivo, continuamos a contar com a proteção da vacina contra casos graves e com a menor virulência das subvariantes até agora. Assim, espera-se que a proporção de óbitos não seja a mesma do avanço dos casos. De negativo, temos um vírus com maior capacidade de espalhamento por resistir mais a defesas criadas pela vacina atual e por infecções prévias. As vacinas estão protegendo menos contra infecções e as novas subvariantes aumentaram também a resistência à atual imunoterapia. Anticorpos monoclonais em uso estão perdendo eficácia”, dizem. E concluem que para um final e início de ano melhores é urgente voltarmos a nos prevenir com o uso de máscaras e higienização de mãos, acelerarmos a vacinação com a vacina bivalente e facilitarmos o acesso ao medicamento antiviral contra evolução para casos graves.

Indicadores Na região sul-mineira, em novos casos, média móvel foi de 872 (sete dias). Em novas internações, média móvel foi de 8. Em novos óbitos, foi de 1. Tendência de crescimento em todas as Regionais de Saúde para os três indicadores. Nos municípios com campus da Unifal, na última semana epidemiológica (20 a 26 de novembro) Varginha teve a menor taxa de incidência diária, com 16 casos por 100.000 habitantes, seguida por Alfenas com 22 e Poços de Caldas com 75. Os três municípios apresentaram crescimento no risco de contágio.

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