De acordo com os dados do Boletim dos Projetos “Informação sobre Covid-19 para a comunidade (Infocovid)” e “Perfil epidemiológico e indicadores de saúde relacionados à covid-19 no Brasil e no Estado de Minas Gerais”, da Universidade Federal de Alfenas (unifal), devido ainda ao nível epidêmico de covid-19 no mundo, mais uma subvariante de preocupação do SARS-CoV-2 surgiu: a BQ.1. Os pesquisadores aconselham o retorno do uso de máscaras.
“Embora com maior capacidade de contágio, o aumento de casos, ao menos no curto prazo, não deve sofrer nova escalada. A nova subvariante não tem apresentado maior risco de casos graves, a não ser para os não vacinados ou com esquema vacinal incompleto. Assim, como talvez venha a ser periodicamente uma nova rotina, é importante que pessoas com sintomas gripais e pessoas mais vulneráveis ou que convivam com pessoas mais vulneráveis, voltem a usar máscaras em aglomerações, principalmente no transporte coletivo. Além disso, é importante completar a vacinação com as quatro doses e introduzir no esquema vacinal a nova vacina bivalente contra a doença”, observam eles.
Sul de Minas
As informações são da semana epidemiológica iniciada em 7 de novembro. A regional de Pouso Alegre começou a semana com crescimento de casos e as demais com queda. Em novas internações, a média móvel foi de 1,1 (anterior 1,4), crescimento na regional de Varginha, estabilidade na de Pouso Alegre, queda na de Passos e diminuição na de Alfenas. Em novos óbitos, houve queda na regional de Passos e Pouso Alegre, as demais regionais sem ocorrência no período.
Municípios
Nos 10 municípios mais populosos do sul de Minas, houve registro de crescimento de novos casos em Poços de Caldas, Varginha, Lavras, Itajubá e São Sebastião do Paraíso, aumento em Pouso Alegre, estabilidade em Passos, queda em Alfenas, sem registros de ocorrência no período nos demais municípios. Em novas internações, Varginha com aumento, Poços de Caldas com estabilidade. Sem registro de ocorrência no período para os demais municípios. Em novos óbitos, Poços de Caldas com queda, sem registros de ocorrência no período para os demais municípios.
Brasil
O Ministério da Saúde divulgou nessa quarta-feira (9) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil registrou, em 24 horas, 9,4 mil novos casos da doença e 80 óbitos.
Desde o início da pandemia, o país acumula 34,8 milhões de casos e 688,5 mil mortes. Os casos de recuperados somam 34,1 milhões.
O Estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados – 6,1 milhões e 175,7 mil mortes. Em seguida estão Minas Gerais (3,8 milhões de casos e 63,8 mil óbitos), Paraná (2,7 milhões de casos e 45,4 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (2,7 milhões de casos e 41,2 mil óbitos).
Vacinação
De acordo com o vacinômetro do Ministério da Saúde, 488,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 já foram aplicadas, sendo 180,3 milhões da primeira dose, 162,8 milhões da segunda dose, além de 100,1 milhões da primeira dose de reforço e 35,5 milhões da segunda dose de reforço.
Fiocruz alerta para alta de casos de covid-19 em quatro Estados
Rio de Janeiro, RJ – O Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado ontem (10), mostra aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados por covid-19 entre a população adulta dos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Os casos com comprovação laboratorial para o vírus Sars-CoV-2 se referem à semana epidemiológica 44, de 30 de outubro a 5 de novembro, e com os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até dia 7 de novembro.
De acordo com o coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes, a atualização do boletim alerta o país para a disseminação da doença, após a constatação de aumento no Amazonas semana passada.
“Na atualização, a gente observa não apenas a manutenção dessa tendência no Estado do Amazonas, mas também em outros três Estados. É importante lembrar que os dados de resultados laboratoriais são parciais, são informações ainda incompletas em relação ao cenário recente e ainda assim foi possível observar aumento nos casos comprovados.
Gomes explica que, nas próximas semanas, a atualização dos dados dará um panorama mais concreto sobre a mudança do cenário da pandemia.
Sazonalidade
O pesquisador explica também que a covid-19 tem demonstrado tendência a ter picos anuais de sazonalidade no Brasil, ao contrário de outras doenças respiratórias, como a influenza ou gripe, que aparecem com mais frequência no país apenas nos meses de inverno.
“Diferente do Influenza e de outros vírus respiratórios com tipicamente um pico por ano, a covid-19 pode estar se encaminhando para uma realidade na qual a gente tenha que conviver com dois momentos do aumento de sua circulação”.
O Brasil registrou aumento de casos de covid-19 entre maio e junho de 2022, depois da forte onda verificada em janeiro e fevereiro. Neste momento, a Fiocruz indica aumento de internações por doenças respiratórias de pessoas a partir de 18 e no Rio Grande do Sul, na faixa a partir de 60 anos.isso, um valor de R$2.000,00.
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