Belo Horizonte, MG – Com a publicação da Deliberação CIB-SUS/MG Nº 3.610 na edição do Jornal Minas Gerais desta sexta-feira (12), entra em vigor a redução no intervalo de aplicação do reforço da vacina contra a covid-19 no Estado, que passa a ser de cinco meses após a conclusão do esquema vacinal.
Até então, esse prazo era de seis meses. A medida, aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite, que reúne representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e dos municípios, foi anunciada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva realizada no mesmo dia da publicação.
“Nós avaliamos o cenário e, tendo em vista a preocupação com o público idoso, que precisa do reforço, implementamos a redução desse prazo para cinco meses. Isso faz com que muitas pessoas, sobretudo aquelas que tomaram a vacina da AstraZeneca, por conta do intervalo maior para a segunda dose desse imunizante, possam tomar o reforço ainda este ano. É uma medida que deve contribuir para que seja ampliada a proteção a essas pessoas”, analisou o secretário.
A redução consistente do número de óbitos na população idosa indica a importância da estratégia de vacinação com a dose de reforço, afirmou Baccheretti. “A expectativa é concluir o reforço em todo o público prioritário no começo de 2022, em janeiro ou fevereiro. Mas, para isso, as pessoas devem buscar a dose de reforço”.
Em sua apresentação, o secretário também fez um apelo para que pessoas que estejam com a segunda dose do imunizante em atraso procurem o quanto antes uma unidade de saúde. “Quem não tomou a segunda dose, que busque essa vacinação. O esquema completo é necessário para garantir a proteção contra a doença. Com cada um fazendo sua parte, poderemos ter mais condições de retorno à normalidade”, comentou Baccheretti.
Máscaras
Outro ponto abordado pelo secretário foi a possibilidade de flexibilização do uso de máscaras. Segundo Baccheretti, a SES-MG iniciou discussão dos critérios técnicos que serão necessários para que a medida possa ser adotada, sobretudo em locais abertos e arejados. “Temos que verificar qual o ponto de vacinação que traz segurança para uma desobrigação do uso. Devemos ter uma norma que vai levar em conta o nível de vacinação dos municípios e, possivelmente, ter a definição sobre esses critérios ainda este ano”, afirmou o secretário, que descartou a possibilidade de dispensa da proteção facial em locais fechados.
Sobre as festas de fim de ano e carnaval, o secretário explicou que o protocolo de eventos do programa Minas Consciente é revisto periodicamente e que as festividades devem ter orientações específicas conforme a realidade de momento. ”O Carnaval, por exemplo, deve ter um cenário diferente daquele que se apresenta para o réveillon”.
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